Ao começar a ler o livro “Uma viagem ao tempo dos Castelos” pensei que se tratava de mais uma história de aventuras, mas descobri que este livro era muito mais do que isto.
Os dois irmãos, a Ana e o João, personagens do livro, levaram-me a outro “mundo”.
De repente, com a história a avançar e com a entrada da personagem Orlando e as suas gargalhadas roucas, entrámos na máquina do tempo e fomos até ao século XII.
Que engraçado foi ouvir contar na primeira pessoa a Batalha de S. Mamede, conhecer o Egas Moniz e o Infante D. Henrique.
A certa altura, tudo que apreendi em Estudo do Meio tornou-se real.
Não é que o Egas Moniz e a sua família foram mesmo com uma corda ao pescoço entregar a sua vida ao Rei de Leão e Castela?
Foi tão surpreendente a descrição do modo de vida dos servos da gleba – casas com uma só divisão, chão em terra coberta de palha que servia de cama; as crenças, as diferenças sociais.
A dada altura, eu própria, tal como a Ana, também me sentia uma pedinte.
E, romântica como sou, também corei com o beijo do Lourenço, filho de D. Egas Moniz.
No fim do livro, tal como a Ana e o João, não queria despedir-me do Orlando e da sua imensa sabedoria.
Li o livro à minha mãe e ela foi igualmente transportada pela máquina do tempo, para o século XII e para a sua infância de leituras.
Constança Gonçalves
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